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Gaitistas Clássicos Junior Wells

Eita cara carismático esse nosso astro de hoje! Dá vontade de encher de fotos e músicas aqui pra vocês.

A vida dele não teve muitos altos e baixos, momentos de tensão (acho que vai dar pra colocar um pouco mais de visual hoje)….. só pra variar ele já era bom na gaita com  7 anos, como o maioria dos nossos gaitistas clássicos sempre começando muito cedo.

Conforme Bill Dahl, ele era um cara mau, andando pelo palco como um gângster, hipnotizando a multidão com suas palhaçadas duras e o ataque do blues de Chicago (maneira como muitos se referem a uma forma de tocar a gaita diatônica no blues).

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Gaitistas Clássicos Rildo Hora

RILDO HORA

Ah esse cara é dez!! E podemos falar  porque dos nossos gaitistas célebres esse não morreu ainda. Ó coisa boa.

Vai ser até um pouco difícil falar dele com o gaitista porque o cara faz muita coisa: é gaitista, produtor musical, violonista, cavaquinista, cantor, compositor,arranjador…. ufa.

Aí vocês vão estranhar: cavaquinista?!

            Dos gaitistas que falamos até agora (na sua maioria) sempre havia um viés para o blues. A maioria tocava a gaita diatônica, mais usada no blues mesmo. Quem tocava a gaita cromática (como esse nosso amigo aí) normalmente toca mais música clássica e clássicos da música popular brasileira (como o Edu da Gaita e o Larry Adler que já falamos aqui).

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Gaitistas Clássicos

CAREY BELL

Buenasamigos! Hoje vamos falar de Carey Bell (quem gosta de um blues de Chicago já tágostando). Ele teve grandes e boas amizades por Chicago: nada menos que LittleWalter, Big Walter Horton (já falamos dele por aqui) e Sonny Boy WilliansomII (e dele também). Foram seus professores, amigos, incentivadores….. dizem que Little Walter até lhe emprestou roupas e dinheiro pra ajudar a melhorar suaimagem!

            Carey Bell nasceu em Macon(no Mississipi, 1936). Teve um grande influenciador, Lovey Lee, seu padrasto que tocava piano e tinha uma banda que mais tarde levaria Bell junto com a banda pra Chicago.

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GAITISTAS CLÁSSICOS – SKIP JAMES

I’m so Glad – Skip James yah man!!!!

Leia antes de discutir hein, essa música é do Skip James e teve sua gravação original feita em 1931!

         Desculpe a quem incomodar eu colocar a gravação desta música feita pelo Deep Purple, e não a original, mas isso tem um grande motivoVamos falar um pouco desse cara, o Skip James, e lendo a história dele….. me deu certa tristeza sabe…. e no fim da leitura eu vejo que o Cream e depois o Deep Purple gravaram a música do cara! Poutz! Palmas pra ele: Skip James.

Antes de mais nada preciso dizer que pulamos um pouquinho os virtuoses gaitistas. E só pra não enjoar eu quis mostrar pra vocês a música de Skip James, um bluseiro mais intimista, que caminha com a música nos seus falsetes. É até meio estranho dizer mas, pra mim, ele dá esse peso introspectivo na música mais com seus falsetes do que com a cadência mais lenta. Vocês vão gostar.

Nascido em Yazoo City (em 1902), no Mississipi, Nehemiah Curtis “Skip” James teve um caminho bem tortuoso na música.

Foi criado em uma plantação perto de Bentonia e ganhou seu primeiro violão com 8 anos de idade. Logo aprendeu a afinação que seria sua assinatura mais tarde, a afinação de E menor, e sua religiosidade muito presente em sua vida e música veio de um pai ausente que era pastor.

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GAITISTAS CLÁSSICOS – BIG WALTER HORTON

GAITISTAS CLÁSSICOS – BIG WALTER HORTON

 

Olá, não sou o Gigo Blues, mas já ouvi muito esse cara em casa.

 

Nosso astro de hoje não é exatamente popular. É até um pouco tímido, nunca teve a intenção de ser um “leader band” (líder band), o que tirou dele uma certa parcela de fama e prestígio. O prestígio ficou todo concentrado no seu som mesmo. Por ele foi possível costurar lindas parcerias, tornou-se ícone de um movimento dentro do blues (o Chicago Blues), fez até parte de um filme usando de uma forma bem caricata a visão do chamado bluesman. Veja essa participação no filme Os irmãos cara de pau nesse link https://www.youtube.com/watch?v=8fRlgmeSe2M  (esse filme também vale muito a pena…. a postura dos dois no meio do povão, é demais).

Mas eu quero falar um pouco de como o som da sua gaita prende o espectador. Com o perdão de vocês; por não ser musicista vou usar uma tradução livre aqui e agradeço muito a quem quiser colaborar.

Diz-se que não há gaitista com o grande tom de Horton e seu senso de tempo espaçoso. Ele definiu a moderna harmônica amplificada de Chicago com sua gaita de backup e virtuosos solos em grandes gravações de blues. Era característico dele a nota única com uma linha de baixo ambulante (geralmente com um tom profundo e seleção de notas insuperáveis). Fez também algumas músicas inteiras na gaita como La Cucaracha, que veremos abaixo.

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GAITISTAS CLÁSSICOS – LARRY ADLER

GAITISTAS CLÁSSICOS – LARRY ADLER

Boas novas amigos! Bom nem tão novas assim 😉 Hoje vamos falar de um gaitista nascido em 1914 nos Estados Unidos. Um ícone americano famoso até no cinema da época, mas, nem tão admirado assim no seu país (pelo menos naquele tempo).

Mas vamos aos fatos! Com vocês, Larry Adler!!!

E vamos começar com uma música que eu adoooro. Interpretando Clair de Lune.

 

Pois que em tempos de eleições no Brasil, política sendo hiper discutida….nosso gaitista de hoje era um esquerdista, de origem judaica que, contrariando os pais, fez amizade com todos os garotos negros  que conseguiu encontrar….hehehe.

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GAITISTAS CLÁSSICOS – SONNY BOY WILLIAMSON II

SONNY BOY WILLIAMSON II

 

Morreu de curiosidade do post passado pra este né?! Pois então hoje vamos falar do controverso Sonny Boy Williamson II. Matéria passada falamos do Sonny Boy Williamson I pra quem não viu, CLIQUE AQUI.

Seu passado cheio de mistérios dificultou bastante ter certeza de determinados dados (coisa pouca, só seu nome e sua data de nascimento!) Pois que Sonny Boy Willianson II usava diferentes nomes para se apresentar, tinha diversos apelidos por isso é difícil precisar seu nome de batismo. Mas era conhecido por Aleck “Rice” Miller  (sendo Rice um apelido).

 

Mas achamos uma coisa mais…. concreta  pra falar do nome dele!

Nascido em Glendora, no Mississipi, pode ter nascido entre os anos de 1894 a 1912, não se sabe ao certo. Ele também falava datas diferentes provavelmente pra parecer ser o único Sonny Boy.

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GAITISTAS CLÁSSICOS – SONNY BOY WILLIANSON

GAITISTAS CLÁSSICOS – SONNY BOY WILLIANSON

Sim meus amigos, é bom e é em dobro. São dois Sonny Boy Williamson. E na minha pesquisa (eh eu não sou musicista mas prezo muito os meus leitores) eu encontrei uma matéria indispensável que o Rob Gordon fez sobre o Sonny Boy Williamson I. Vou fazer umas citações dele porque tá demais Rob e vamos “engrossar o caldo” por aqui!

Olha o que ele fala sobre a gaita no blues…. “É impossível falar sobre (ou ouvir) blues durante muito tempo sem cair numa gaita. Afinal, mesmo sendo usado em diversos gêneros musicais, o instrumento acabou se tornando a cara do blues.

Isso não é coincidência ou acidente. Na verdade, é algo que está ligado a motivos muito mais econômicos e práticos que artísticos. Pense num blueseiro do início do século 20: um sujeito sem muito dinheiro e andando a pé de uma cidade para outra. Primeiro, a gaita é infinitamente mais barata que um violão. Segundo? Ela cabe no bolso.

Seja por preço ou por praticidade, o fato é que foi no blues que a gaita passou a ser um instrumento principal na música, ao invés de apenas “dar apoio” para o resto da banda. E muito disso se deve a Sonny Boy Williamson.

“Ou, melhor dizendo, ao primeiro Sonny Boy Williamson.”

Sonny Boy Williamson I nasceu John Lee Curtis Williamson, em Jackson no Tennesse, no ano de 1914.

Fez muito sucesso logo com sua primeira gravação, a música Good Morning School Girl, que virou um clássico do blues.

Fez muitas outras músicas de sucesso que valem muuuito a pena ouvir como Sugar Mama Blues, Shake the Boogie e Sloppy Drunk, dentre outras (na matéria do Rob Gordon tem uma explicação bem legal sobre cada música).

Mas afinal porque o nome desse gaitista virou sucesso em Chicago (uma marca de sucesso na verdade)??

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GAITISTAS CLÁSSICOS – EDU DA GAITA

GAITISTAS CLÁSSICOS – EDU DA GAITA

Olááá, não é o Gigo Blues, hoje é a mulher do músico assessorando e em conjunto escrevendo pra vocês.

No meu primeiro post pensamos em falar de gaitistas clássicos, conhecidos do público em geral, só que os de antigamente 😉 E eu na minha inocência achei que um post ia dar (kkk).

Então vamos começar pelo grande harmonicista  de gaita cromática EDU DA GAITA.

 

Reportagem Jornal do Brasil, dezembro 2001

 

EDU DA GAITA (Eduardo Nadruz)

Gaúcho de Jaguarão no Rio Grande do Sul, Eduardo Nadruz venceu um concurso tocando sua gaita com apenas nove anos! Mas não foi aí que começou sua carreira. Mudou-se para São Paulo buscando ganhar algum dinheiro para ajudar sua família, que passava por uma crise financeira, mas não teve êxito no seu intento .

Já sem dinheiro e sem expectativa de emprego ouviu um senhor tocar gaita na rua. Foi a uma loja e sugeriu receber uma comissão caso conseguisse vender as gaitas da loja (que estavam encalhadas no estoque). Com elas, foi pra rua tocar e em pouco tempo vendeu todas! Assim começou sua carreira no instrumento.

Começou tocando nas ruas, na Barca Rio-Niterói (lembrou do Sílvio Santos né), depois foi trabalhar em algumas rádios, cassinos. Gravou seu primeiro disco em 1939 pela gravadora Columbia.

Tocava bossa nova, samba, valsas…. entrou como solista de orquestras sinfônicas e alcançou grande repercussão na mídia quando gravou Moto Perpétuo de Paganini.

Quando precisou registrar sua profissão na carteira de trabalho, na década de 1930, ouviu: “Impossível! O homem não tem profissão definida, diz que é tocador de gaita…. Isso não existe em nenhuma categoria musical ou artística”, foi inscrito no documento como “ músico excêntrico”.

Mesmo tendo dificuldade com um instrumento pouco popular na época e que não se encaixava na música erudita, alcançou o estrelato. Ganhou prêmios, fez turnês pela Europa, América do Sul. Gravou trilhas sonoras de filmes como Orfeu Negro em 1959 e inclusive atuou em alguns filmes como Berlim na Batucada, O Tesouro de Zapata entre outros.

Infelizmente ascendeu como uma estrela…. mas era estrela cadente. Nos anos 60 foi perdendo espaço pro Rock e Jovem Guarda, o Cassino da Urca fechou e antes de morrer, em  1982, o músico já se mostrava cansado de tentar expandir sua música mesmo estando cada vez melhor no instrumento.

Uma bela reportagem foi feita no jornal O Estado de São Paulo falando de sua morte e como ficou a situação de direitos autorais de suas músicas , levada adiante pelo seu filho Eduardo Nadruz Filho.

Em Portugal 1960

Aqui vão algumas músicas dele que eu acho imprescindíveis de se ouvir, escolha pessoal.

A dança do sabre e outras de um vinil do artista de 1953

 

Moto perpetuo, de Paganini 

 

 

Bibliografia

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/um-icone-das-harmonicas-1.1615554

https://riskas513.blogspot.com/2011/03/harmonica-perfumada-eduardo-nadruz-edu_07.html

https://dicionariompb.com.br/edu-da-gaita/dados-artisticos

https://www.imdb.com/name/nm1207867/

https://blogln.ning.com/profiles/blogs/mem-ria-mpb-edu-da-gaita

https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,um-mundo-levado-no-bolso-imp-,776884