GAITISTAS CLÁSSICOS – EDU DA GAITA
Olááá, não é o Gigo Blues, hoje é a mulher do músico assessorando e em conjunto escrevendo pra vocês.
No meu primeiro post pensamos em falar de gaitistas clássicos, conhecidos do público em geral, só que os de antigamente 😉 E eu na minha inocência achei que um post ia dar (kkk).
Então vamos começar pelo grande harmonicista de gaita cromática EDU DA GAITA.
Reportagem Jornal do Brasil, dezembro 2001
EDU DA GAITA (Eduardo Nadruz)
Gaúcho de Jaguarão no Rio Grande do Sul, Eduardo Nadruz venceu um concurso tocando sua gaita com apenas nove anos! Mas não foi aí que começou sua carreira. Mudou-se para São Paulo buscando ganhar algum dinheiro para ajudar sua família, que passava por uma crise financeira, mas não teve êxito no seu intento .
Já sem dinheiro e sem expectativa de emprego ouviu um senhor tocar gaita na rua. Foi a uma loja e sugeriu receber uma comissão caso conseguisse vender as gaitas da loja (que estavam encalhadas no estoque). Com elas, foi pra rua tocar e em pouco tempo vendeu todas! Assim começou sua carreira no instrumento.
Começou tocando nas ruas, na Barca Rio-Niterói (lembrou do Sílvio Santos né), depois foi trabalhar em algumas rádios, cassinos. Gravou seu primeiro disco em 1939 pela gravadora Columbia.
Tocava bossa nova, samba, valsas…. entrou como solista de orquestras sinfônicas e alcançou grande repercussão na mídia quando gravou Moto Perpétuo de Paganini.
Quando precisou registrar sua profissão na carteira de trabalho, na década de 1930, ouviu: “Impossível! O homem não tem profissão definida, diz que é tocador de gaita…. Isso não existe em nenhuma categoria musical ou artística”, foi inscrito no documento como “ músico excêntrico”.
Mesmo tendo dificuldade com um instrumento pouco popular na época e que não se encaixava na música erudita, alcançou o estrelato. Ganhou prêmios, fez turnês pela Europa, América do Sul. Gravou trilhas sonoras de filmes como Orfeu Negro em 1959 e inclusive atuou em alguns filmes como Berlim na Batucada, O Tesouro de Zapata entre outros.
Infelizmente ascendeu como uma estrela…. mas era estrela cadente. Nos anos 60 foi perdendo espaço pro Rock e Jovem Guarda, o Cassino da Urca fechou e antes de morrer, em 1982, o músico já se mostrava cansado de tentar expandir sua música mesmo estando cada vez melhor no instrumento.
Uma bela reportagem foi feita no jornal O Estado de São Paulo falando de sua morte e como ficou a situação de direitos autorais de suas músicas , levada adiante pelo seu filho Eduardo Nadruz Filho.
Em Portugal 1960
Aqui vão algumas músicas dele que eu acho imprescindíveis de se ouvir, escolha pessoal.
A dança do sabre e outras de um vinil do artista de 1953
Moto perpetuo, de Paganini
Bibliografia
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/um-icone-das-harmonicas-1.1615554
https://riskas513.blogspot.com/2011/03/harmonica-perfumada-eduardo-nadruz-edu_07.html
https://dicionariompb.com.br/edu-da-gaita/dados-artisticos
https://www.imdb.com/name/nm1207867/
https://blogln.ning.com/profiles/blogs/mem-ria-mpb-edu-da-gaita
https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,um-mundo-levado-no-bolso-imp-,776884
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